Olhou para o telefone. A ânsia de ligar mostrou-se mais uma vez. Deu meia volta e apresentou a si mesmo uma lista de razões para não o fazer.
Mas o sentimento trepou por si e antes de a razão tomar consciência, a sua mão erguia o auscultador. A saudade, a saudade teimava, queimava.
O seu dedo marcou o início do número familiar. Pausa. Milésimos de segundo e a mente venceu a vontade. Afastou-se. Tentou esquecer.
No meio do monólogo silencioso, tomou consciência que o ontem não se prolongava no hoje e que a intimidade de outra hora estava perdida. O futuro conjugava-se agora no singular.
O telefone repousava inerte e indiferente à sua dor.
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2 comentários:
Desculpa o termo, desculpa a linguagem num blog tão puro de sentimentos... mas essa situação é lixada... na verdade, eu tenho que utilizar as palavras correctas: é fodido mesmo! (sim, tb já passei pelo mesmo!)
A indiferença e a distância são as piores respostas que se podem ouvir... Raios!
Pronto, agora que disse os palavrões, estou mais aliviada, ora bolas! :)
Shhh,
Antes de mais desculpa pela demora na publicação dos comentários...
Quanto ao resto... fico contente de teres ficado mais aliviada
:)
E sim é verdade há fases da vida lixadas...
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