O que me preocupa não é o facto de tu talvez não me ouvires. É a possibilidade provável de eu também me votar ao silêncio. Como se os meus pensamentos, os meus recados pessoais, fossem cartas que guardo numa caixa no fundo do armário, sem as abrir.
Culpar-te do que somos agora é sem dúvida mais fácil. Seria até credível. Mas no meu reflexo vejo a minha ausência. E essa será mais difícil de perdoar do que o teu alheamento.
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5 comentários:
Ás vezes temos de parar, para nos alcançarmos; calarmo-nos para nos ouvirmos; perdermo-nos para nos encontrar.
Boa procura! :)
Bjs
João,
Sim, às vezes é necessário abstrair-nos do dia a dia e focarmos a atenção em nós.
Se não, corremos o risco de nos abandonarmos (o que é mais fácil do que à partida se podia pensar) e essa ausência (ou surdez) poder trazer consequências.
O texto abordava uma dessas consequências e tentava mostrar que às vezes fazemos a nós próprios o que acusamos os outros de nos fazerem.
Obrigada pela visita :)
Bjs
É verdade.
Por vezes custa aceitar que também erramos.... Não erramos todos? E isso não é, de certa forma, uma maneira de aprender a saber o que mais queremos?
"So... let go!"
Na culpa nos revemos...e seguimos.
Shhh,
sim, tens razão, aprendemos com os erros; se não a sabermos o que queremos, pelo menos o que não queremos...
e às vezes são os nossos erros que nos mostram a verdade dos nossos sentimentos (que estava mesmo debaixo do nosso nariz).
:)
obrigada pela visita.
Lis,
mudar o que está mal ou libertar-nos, é o passo seguinte e necessário à percepção/constatação.
bem-vinda e até à próxima.
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