Incrível como cozinhar lhe alimentava a alma. Deixava a sua criatividade misturar-se com a gula e respirava os aromas sofregamente. Cozinhar era como uma dança quente e sensual, meio tango, meio rumba… cujo compasso era marcado pela colecção de especiarias desordenadamente espalhadas na bancada da sua cozinha laranja.
Levou a colher à boca, tapou o tacho. “Perfeito” disse para si mesmo.
Abriu a garrafa de vinho e tirou o avental. No mesmo milésimo de segundo tocou a campainha. Sem dificuldade ouviu as gargalhadas. Era esperar mais uns minutos e o grupo estaria completo e “apurado”… e a noite, essa seria mais uma das pequenas coisas da vida que lhe alimentavam a alma.
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2 comentários:
E não é verdade que a nossa alma é feita de coisas tão pequenas mas ao mesmo tempo tão enormes para o nosso âmago?
Bonitas palavras que a maré aqui deixa. Será mais um porto de abrigo, com toda a certeza.
nuno guronsan,
Sim, é verdade, há coisas que são apenas aparentemente pequenas, pois o seu significado é muito maior...
Fico contente por teres gostado e aproveito para dizer que as tuas visitas serão sempre bem-vindas.
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