Não te ouvi entrar da mesma forma que não te ouvi sair.
Assusta-me este silêncio que grita guerra fria.
Nunca pensei ver-nos aqui. Neste estado desenxabido.
Não pensei ficar até mais tarde no trabalho para não te fazer companhia ao jantar, não pensei que a tua presença na casa de banho me incomodasse.
Assusta-me o que a vida fez em nós.
E incomoda-me saber que lá no fundo, o que sinto por ti sobrevive e teima, culpando-me pela preguiça e pelo desleixo, pelo facilitismo.
Todos os dias acordo e dentro de mim oiço: Amo-te.
E depois o impulso gela, os minutos passam e tudo fica impronunciável.
Não te ouvi entrar e também não te ouvi sair.
Talvez tenha sido melhor assim.
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2 comentários:
Ou talvez n�o... :P
H� receios disfar�ados de meias desculpas que nos impedem de viver bem. :)
Bjs***
Shhh,
sim às vezes é a inércia que nos prende...
obrigada pela visita, até à próxima
:)
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