maio 29, 2007

memória

Pergunto-me se estás aí. Depois permaneço. Demoro-me na memória.
Recordo a cor dos teus olhos. A expressão.
E imagino que estás mesmo a meu lado.
No ar vejo o teu rosto em contornos irregulares, como esboço inacabado.
As memórias perdem nitidez, mas não se esbatem.
E tu moras cá dentro.
Pergunto-me se estás aqui. E no momento vejo de novo o relance da tua face incompleta.
Deixo-me ficar. Sinto o teu abraço.
Digo na minha própria voz as palavras que sei que me dizes, mas não se ouvem.
E permaneço. Sorrindo.

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