março 19, 2007

labirinto

Dar-te-ia mais se pudesse, mas algo dentro de mim impede-me de pronunciar o teu nome, de dizer seja o que for. De me entregar.

Albergo uma incapacidade de amar que me assusta. Correcção. Tornei-me pessoa na incapacidade de sentir o que sinto, na regra própria de não me permitir ser para além da imagem que criei, de não arriscar nem mais uma cicatriz.

Dar-te-ia mais se pudesse, mas perdi-me neste labirinto de fios: protótipo de sistema de alta segurança que entrou em colapso autogerido e não aceita o código do programador.

Às vezes penso que vais partir, e tenho o impulso de te beijar. Mas o meu corpo permanece na mesma. Dar-te-ia mais se me pudesse libertar do que sou agora.

6 comentários:

Larissa Luz disse...

muito linda essa poesia..

foi vc quem feiss??

AR disse...

Marrecah,

Obrigada pela visita e pelo comentário.

E sim fui eu que fiz o texto (não chamaria propriamente poesia... mais prosa).

Pelo menos até agora todos os textos deste blog foram feitos por mim.

Até à próxima.

Shhh disse...

A entrega nem sempre é fácil.

Vale a pena correr esse risco outra vez?

...Só depende de ti e do tempo que te iluminará as ideias. ;)

"...So let go..." (Frou Frou - let go".

AR disse...

shhh,

Acho que vale sempre a pena arriscar no amor. As consequências de arriscar e correr mal são quase as mesmas de ficarmos parados no nosso mundo e deixar a vida passar.

:)

E já agora desculpa a demora da publicação do post.

João disse...

Também está na tua mão tentar mudar a maré de sentimentos...
Bjs

AR disse...

João,

Obrigada pelo comentário e desculpa a ausência do meu comentário.

Na altura ainda tentei, mas o acesso à net era desesperante e entretanto a logística da vida não me deu hipótese de corrigir as coisas.

bjs

Até à próxima.