fevereiro 13, 2007

Dia dos Namorados

Véspera de dia dos namorados. Cafézinho da esquina. Destino familiar e albergue de amenas cavaqueiras.

7:49 da tarde. Mesa do canto, mais recolhida que as restantes, não fosse a máquina de cigarros mesmo ao lado. Encontro sistemático de quem se escolheu como família e compartilha gargalhadas na mesma proporção que a argamassa de tristezas, desilusões e “porquê eu?”

Conversa, puxa palavra, palavra puxa conversa. Relatório despreocupado de preocupações banais, episódios lúdicos do dia.

Por fim a inevitável pergunta armadilhada entre amigas, “Então o que vais fazer amanhã?” resposta do outro lado com tom dissimulado “vou comprar um vibrador…”

Explosão de risos. Gargalhas compulsivas e a certeza de não estarem sós.

2 comentários:

Lu disse...

Desculpa comentar assim, mas achei imensa piada a estas tuas palavras. Porque acho que este dia marcado pelos enamorados não deve ser levado pela tristeza de haver nenhum! Gostei da atitude optimista!! :)

AR disse...

Luciana,

Não tens de pedir desculpa, a ideia era mesmo desdramatizar e abordar o dia dos namorados de um outro ponto de vista, não reduzindo as coisas ao grupo dos felizes e infelizes.

O texto é ficcionado, como quase todos os textos do blog, mas vai buscar pequenas coisas à vida real...

posso-te dizer que tanto a pergunta como a resposta aconteceram, bem como as gargalhadas

:)

só que num contexto totalmente diferente.

obrigada por teres passado por aqui.

Até à próxima.