outubro 31, 2008

a sala

As luzes lá fora quebravam a escuridão da sala. Eram dez e cinquenta e sete. O silêncio era simplesmente silêncio, sem nada de angustiante ou reconfortante. Como se fosse uma música, que baixinha lhe acompanhava o pensamento. Divagava entre as dormências da vida, imagens breves do passado, e a realidade das pequenas coisas. As fotografias que passavam na moldura digital, mas não lhe diziam nada naquele momento. Só se apercebia dos fragmentos de luz, maximizados pela mudança de cada foto. Esticou-se no sofá, e não se mexeu. Era ali que queria estar, sem dar atenção a ninguém, sem pensar em nada. Sem ruído.

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