fevereiro 18, 2008
demasiadas palavras
"Demasiadas palavras, há demasiadas palavras na minha cabeça" pensou. O livro permanecia na mesa, meio aberto, com páginas dobradas na ponta que esvoaçavam suavemente com o vento, "Talvez por isso não me consiga ouvir, talvez", pegou na chávena de chá e levou-a à boca. Ficou assim alguns minutos. Absorvido nos seus pensamentos desconexos, alheio aos que passavam na rua. O chá esfriava na chávena que lhe aquecia as mãos, "malditas palavras" disse mentalmente para si mesmo. Um turbilhão de vozes agitava-se na sua mente, contrastando com a impavidez que lhe ia no rosto. Os dedos dos pés, reviravam-se lutando contra a sola dos sapatos. Num impulso automatizado deixou a chávena e agarrou o livro. Leu 3 linhas. Sobrelotada, a sua mente estava sobrelotada. Desistiu de procurar a calma. Era tempo de enfrentar e não de fugir. Deixou 5 euros na mesa, ignorando o troco e os rostos que incrédulos o viram correr como um louco.
fevereiro 13, 2008
sem olhar para trás
Seria tudo diferente se não me tivesse levantado e saído. Sem olhar para trás, sem dizer uma palavra. Mas assim, não há caminhos, não há pontes, não há talvez.
O bem que me soube, pesa-me agora.
A tua ausência estende-se sobre mim, ultrapassa os meus limites.
Não há nada, só luto.
O bem que me soube, pesa-me agora.
A tua ausência estende-se sobre mim, ultrapassa os meus limites.
Não há nada, só luto.
Subscrever:
Mensagens (Atom)