Há dias assim. Em que um nó se instala na garganta, sem pretensões ou sofrimentos. Em que não há nada para dizer, nem ninguém para ouvir. Em que nem nós comparecemos.
Dias em que a vida é apenas a vida.
Cheia de pequenas merdas, de pequenos nadas.
Dias em que nem se sobrevive, nem se vive.
Em que a rotina se tolera,
Em que o amanhã é apenas mais um dia.
Há dias assim, em que alma se embala em coisa nenhuma
e apazigua-se com o que há.
dezembro 02, 2007
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