Sei-te de cor.
O teu perfil, o teu cheiro, o contorno que vai do teu pescoço ao teu ombro.
Sei a textura das tuas mãos. O travo da tua pele.
Conheço os detalhes dos teus olhos e as várias cores que encerram.
Sei-te por inteiro e por partes.
Sei-te em palavras, em imagens, tons e sons.
Cartografei-te na minha alma e devoro os teus limites.
Sei-te de cor.
abril 20, 2007
vislumbre
Às vezes não sei o que dizer. Nem me apetece dizer nada.
E isso já não me preocupa. Nesta fase da minha vida, é o não obedecer a horários, nem ao político correcto das relações que me deixa respirar.
Consegui ter um vislumbre do que fui: por escassos momentos consegui respirar fundo e sentir aquela leveza, o esticar dos músculos das costas e a certeza, a certeza, de que a vida até vale a pena, mesmo que a alma esteja pequena e amachucada.
Por isso mesmo não quero fazer conversas de circunstância, fingir que acredito no que não acredito ou distribuir charme quando me apetece só ser e descontrair.
É bom saber que ainda cá estou, dentro de mim. E vou à minha procura.
E isso já não me preocupa. Nesta fase da minha vida, é o não obedecer a horários, nem ao político correcto das relações que me deixa respirar.
Consegui ter um vislumbre do que fui: por escassos momentos consegui respirar fundo e sentir aquela leveza, o esticar dos músculos das costas e a certeza, a certeza, de que a vida até vale a pena, mesmo que a alma esteja pequena e amachucada.
Por isso mesmo não quero fazer conversas de circunstância, fingir que acredito no que não acredito ou distribuir charme quando me apetece só ser e descontrair.
É bom saber que ainda cá estou, dentro de mim. E vou à minha procura.
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